segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CREDO ESPÍRITA - PREÂMBULO


Autor: Allan Kardec

Os males da Humanidade vêm da imperfeição dos homens: é pelos seus vícios que se prejudicam uns aos outros. Enquanto os homens forem viciosos, serão infelizes, por que a luta dos interesses engendra, sem cessar, misérias.
Boas leis contribuem, sem dúvida, para a melhoria do estado social, mas são impotentes para assegurar a felicidade da Humanidade, porque não fazem senão comprimir as más paixões, sem aniquilá-las; em segundo lugar, porque são mais repressivas do que moralizadoras, e elas não reprimem senão os atos maus mais salientes, sem destruir a causa. Aliás, a bondade das leis está em razão da bondade dos homens; enquanto estes estiverem dominados pelo orgulho e pelo egoísmo, farão leis em proveito das ambições pessoais. A lei civil não modifica senão a superfície; só a lei moral pode penetrar o foro interior da consciência e reformá-lo.
Estando, pois, admitido que é a contusão causada pelo contato dos vícios que torna os homens infelizes, o único remédio para os seus males está no seu aperfeiçoamento moral. Uma vez que as imperfeições são a fonte dos males, a felicidade aumentará à medida que as imperfeições diminuirem.
Por boa que seja uma instituição social, se os homens são maus, falseá-la-ão e lhe desnaturarão o espírito para explorá-la em seu proveito. Quando os homens forem bons, farão boas instituições e elas serão duráveis, porque todos terão interesse em sua conservação.
A questão social não tem, portanto, o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas. Aí está o princípio, a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros. Não basta colocar um verniz sobre a corrupção, é a corrupção que é preciso extinguir.
O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças, porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos; está também nas idéias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito, e nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar, e não destruir. Será pela educação, mais ainda do que pela instrução, que se transformará a Humanidade.
O homem que trabalha seriamente pelo seu próprio aperfeiçoamento assegura a sua felicidade desde esta vida; além da satisfação de sua consciência, isenta-se das misérias, materiais e morais, que são a conseqüência inevitável de suas imperfeições. Terá a calma porque as vicissitudes não farão senão de leve roça-lo; terá a saúde porque não usará o seu corpo para os excessos; será rico, porque se é sempre rico quando se sabe contentar-se com o necessário; terá a paz da alma, porque não terá necessidades factícias, não será mais atormentado pela sede das honras e do supérfluo, pela febre da ambição, da inveja e do ciúme; indulgente para com as imperfeições de outrem, delas sofrerá menos; excitarão a sua piedade e não a sua cólera; evitando tudo o que pode prejudicar o seu próximo, em palavras e em ações, procurando, ao contrário, tudo o que pode ser útil e agradável aos outros, ninguém sofrerá com o seu contato.
Assegura a sua felicidade na vida futura, porque, quanto mais estiver depurado, mais se elevará na hierarquia dos seres inteligentes, e logo deixará esta Terra de provas por mundos superiores; porque o mal que tiver reparado nesta vida não terá mais que reparar em outras existências; porque, na erraticidade, não encontrará senão seres amigos e simpáticos, e não será atormentado pela visão incessante daqueles que teriam do que se lamentar dele.
Que homens, vivendo juntos, estejam animados desses sentimentos, serão tão felizes quando o comporta a nossa Terra; que, gradualmente, esses sentimentos ganham todo um povo, toda uma raça, toda a Humanidade, e o nosso globo tomará lugar entre os mundos felizes.
É uma quimera, uma utopia? Sim, para aquele que não crê no progresso da alma; não, para aquele que crê em sua perfectibilidade indefinida.
O progresso geral é a resultante de todos os progressos individuais; mas o progresso individual não consiste somente no desenvolvimento da inteligência, na aquisição de alguns conhecimentos; isso não é senão uma parte do progresso, e que não conduz necessariamente ao bem, uma vez que se vêem homens fazerem muito mau uso de seu saber; consiste, sobretudo, no aperfeiçoamento moral, na depuração do Espírito, na extirpação dos maus germes que existem em nós; aí está o verdadeiro progresso, o único que pode assegurar a felicidade da Humanidade, porque é a própria negação do mal. O homem mais avançado em inteligência pode fazer muito mal; aquele que é avançado moralmente, não fará senão o bem. Há, pois, interesse para todos no progresso moral da Humanidade.
Mas o que fazem o aperfeiçoamento e a felicidade das gerações futuras, para aquele que crê que tudo acaba com a vida? Que interesse tem em se aperfeiçoar, em se constranger, em domar as suas paixões, de privar-se pelos outros? Não tem nenhum; a própria lógica lhe diz que seu interesse está em gozar depressa e por todos os meios possíveis, uma vez que, amanhã talvez, não será mais nada.
A doutrina do niilismo é a paralisia do progresso humano, porque circuscreve a visão do homem sobre o imperceptível ponto da existência presente; porque restringe as idéias e as concentra forçosamente sobre a vida material; com essa doutrina, o homem não sendo nada antes, nada depois, todas as relações sociais cessam com a vida, a solidariedade é uma palavra vã, a fraternidade uma teoria sem raízes, a abnegação em proveito de outrem um logro, o egoísmo com a sua máxima: cada um por si, um direito natural, a vingança um ato de razão; a felicidade está para o mais forte e os mais espertos; o suicídio, o fim lógico daquele que, ao cabo de recursos e expedientes, não espera mais nada, e não pode se tirar do lodaçal. Uma sociedade fundada sobre o niilismo, levaria em si o germe da próxima dissolução.
Outros, porém são os sentimentos daquele que tem fé no futuro; que sabe que nada do que adquire em saber e em moralidade não está perdido para ele; que o trabalho de hoje trará frutos amanhã; que ele mesmo fará parte dessas gerações futuras mais avançadas e mais felizes. Sabe que, trabalhando para os outros, trabalhará para si mesmo. Sua visão não se detém na Terra: ela abarca o infinito dos mundos que serão um dia sua morada; entrevê o lugar glorioso que será seu quinhão, como o de todos os seres chegados à perfeição.
Com a fé na vida futura, o círculo das idéias se alarga; o futuro está para si; o progresso pessoal tem um objetivo, uma utilidade efetiva. Da continuidade das relações entre os homens, nasce a solidariedade; a fraternidade está fundada sobre uma lei natural e sobre o interesse de todos.
A crença na vida futura, portanto, é o elemento de progresso, porque é o estimulante do Espírito: só ela pode dar coragem nas provas, porque lhe fornece a razão, a perseverança na luta contra o mal, porque mostra um objetivo. É, pois, em consolidar essa crença no espírito das massas que é preciso se ligar.
No entanto, essa crença é inata no homem; todas as religiões a proclamam; por que não deu, até este dia, os resultados que se deve dela esperar? É que, em geral, é apresentada em condições inaceitáveis para a razão. Tal como a mostram, rompe todas as relações com o presente; desde que se deixa a Terra, torna-se estranho à Humanidade; nenhuma solidariedade existe entre os mortos e os vivos; o progresso é puramente individual; trabalhando para o futuro, não se trabalha senão para si, não se pensa senão em si, e ainda por um objetivo vago que nada tem de definido, nada de positivo sobre o que o pensamento possa repousar com segurança; é, enfim, porque é antes uma esperança do que uma certeza material. Disso resulta em uns a indiferença, em outros a exaltação mística que, isolando o homem da Terra, é essencialmente prejudicial ao progresso real da Humanidade, porque negligencia os cuidados do progresso material, ao qual a Natureza lhe faz um dever concorrer.
Entretanto, por incompletos que sejam os resultados, não são menos reais. Quantos homens foram encorajados e sustentados no caminho do bem por essa esperança vaga! Quantos se detiveram sobre a rampa do mal pelo medo de comprometer o futuro? Quantas nobres virtudes essa crença não desenvolveu! Não desdenhemos as crenças do passado, embora imperfeitas que elas sejam, quando conduzem ao bem: estão em relação com o grau avançado da Humanidade. Mas a Humanidade progredindo, quer crenças em harmonia com as novas idéias. Se os elementos da fé ficam estacionários, e são ultrapassados para o Espírito, perdem toda influência, e o bem que produziram num tempo não pode prosseguir, porque não estão mais à altura das circunstâncias.
Para que a doutrina da vida futura leve, doravante, os frutos que dela se deve esperar, é preciso, antes de tudo, que ela satisfaça completamente a razão; que responda à idéia que se tem da sabedoria, da justiça e da bondade de Deus; que não possa receber nenhum desmentido da ciência; é preciso que a vida futura não deixe no Espírito nem dúvida, nem incerteza; que seja tão positiva quanto a vida presente, da qual é a continuação, como o dia de amanhã é a continuação da véspera; é necessário que a vejam, que a compreendam, que a toquem, por assim dizer, com o dedo; é preciso, enfim, que a solidariedade do passado, do presente e do futuro, através das diferentes existências, seja evidente.
Tal é a idéia que o Espiritismo dá da vida futura; é o que lhe faz a força, é que isso não é uma concepção humana, que não teria senão o mérito de ser mais racional, mas sem mais de certeza do que as outras. É o resultado dos estudos feitos sobre os exemplos fornecidos por diferentes categorias de Espíritos que se apresentam nas manifestações, o que permitiu explorar a vida extracorpórea em todas as suas fases, desde o alto até o mais baixo da escala dos seres. As peripécias da vida futura não são, pois, mais uma teoria, uma hipótese mais ou menos provável, mas um resultado de observações; são os próprios habitantes do mundo invisível que vêm descrever o seu estado, e é tal situação que a imaginação mais fecunda não teria podido conceber, se não fosse apresentada aos olhos do observador.
Dando a prova material da existência e da imortalidade da alma, nos iniciando nos mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal, tornando-nos palpáveis as conseqüências inevitáveis do bem e do mal, a Doutrina Espírita faz, melhor do que todas as outras, ressaltar a necessidade de aperfeiçoamento individual. Por ela o homem sabe de onde vem, para onde vai, por que está sobre a Terra; o bem tem um objetivo, uma utilidade prática; ela não forma o homem somente para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade; pelo seu aperfeiçoamento moral, os homens preparam sobre a Terra o reino de paz e de fraternidade.
A Doutrina Espírita é, assim, o mais poderoso elemento moralizador, naquilo em que ela se dirige, ao mesmo tempo, ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido.
Por sua própria essência, o Espiritismo toca em todos os ramos dos conhecimentos físicos, metafísicos e da moral; as questões que ele abarca são inumeráveis; no entanto, podem se resumir nos pontos seguintes que, sendo considerados como verdades adquiridas, constituem o programa das crenças espíritas.


Livro: Obras Póstumas


imagem - amigoespirita.ning.com

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MEDICINA DA ALMA


Ricardo Di Bernardi


Cada vez mais, “minorias criativas” buscam a integração entre Fé e Razão, tendo em vista que é impossível compreender o mundo, o universo e o próprio ser humano, sem as luzes de um paradigma, de um modelo, que contemple todas as áreas das cogitações humanas. As revoluções conceituais da física , no século XX, muito contribuíram para essa nova visão da realidade, demonstrando que a matéria cedeu lugar à energia, o tempo é variável, o movimento descontínuo, a interconectividade não localizada, e a consciência é capaz de influir nos eventos, selecionando possibilidades. Nesse novo tempo, especialistas passaram a enxergar o ser humano de forma integral, conectado a uma imensa rede invisível, que engloba todas as coisas, do micro ao macrocosmo, e não têm nenhum pudor em reconhecer a complementaridade entre Ciência e Religião, valorizando a integração da Espiritualidade à vida humana.

Foi assim que ganhou impulso, na década 1970, uma dessas minorias criativas, formada por médicos que buscam implantar nas universidades estudos de Medicina e Espiritualidade. Sob essa denominação, já há cursos regulares ou opcionais, e também de pós-graduação, em 2/3 das universidades americanas, entre outras, nas Escolas Médicas de Harvard, com Herbert Benson, judeu, de Duke, com Harold Koenig, católico, do Novo México, com William Miller, luterano. Afirmamos, com renovada alegria, que nós, médicos espíritas, fazemos parte de uma dessas minorias criativas que tenta levar Espiritualidade às universidades, porque os fundamentos da Medicina Espírita estão em sintonia com o que é realizado, hoje, na maioria das universidades norte-americanas.

A obra do ilustre físico e humanista Fritjof Capra, especialmente, O Ponto de Mutação , está na vanguarda dessa luta em favor de um novo paradigma para a humanidade, em particular para a Medicina, com sua proposta de Assistência Holística à Saúde, que contempla o ser humano integral – Mente-Corpo. Nessa luta por um novo modelo de saúde, engajou-se também o físico quântico, Amit Goswami, com sua teoria sobre a Consciência, exposta em sua obra, especialmente, O Universo Autoconsciente. Nela, ele sustenta que a Consciência está fora da matéria, sendo, na verdade, fonte criadora do mundo material.

Hoje, tanto quanto nos séculos XIX e XX, há fortes evidências científicas da existência do Espírito. Pesquisadores, em sua maioria não espíritas, têm investigado casos de Experiências de Quase Morte (EQM), Visões no Leito de Morte, Experiências Fora do Corpo, Transcomunicação Instrumental e Reencarnação, acumulando evidências em favor da sobrevivência da alma.

O neuropsiquiatra, Peter Fenwick, os cardiologistas Michael Sabom e Pim Van Lommel, os psiquiatras, Raymond Moody Jr , Elizabeth Kübler-Ross e Sarah Kreutziger, o pediatra Melvin Morse, os psicólogos, Kenneth Ring, Phillis Atwater e Margot Grey, entre outros, relataram casos de EQM, contando o que centenas de sobreviventes da morte vivenciaram, quando foram considerados clinicamente mortos. A conclusão dos pesquisadores e dos sobreviventes é de que algo imaterial sobrevive à morte do corpo físico.

Na alentada obra Reincarnation and Biology, de Ian Stevenson , professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, EUA, constatamos também, nos 2.600 casos pesquisados, não apenas evidências da sobrevivência do espírito, mas igualmente da reencarnação, podendo-se acompanhar, inclusive, a correlação entre as marcas de nascença e os defeitos congênitos da existência atual com as vivências anteriores.

Hoje, já há centenas de trabalhos publicados em revistas científicas prestigiadas, como The Lancet, New England Journal of Medicine; British Medical Journal, JAMA etc. sobre o valor da prece na terapêutica (ver site: www.ncbi.nlm.nih.gov, do NIH). Do mesmo modo, experiências realizadas pelo psicólogo brasileiro, Júlio Peres, em parceria com o neurocientista, Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia, EUA, evidenciaram áreas do cérebro em funcionamento, que são ativadas e rebaixadas, durante as sessões de Terapia por Regressão de Memória, realizadas com pacientes do Instituto Nacional de Terapia de Vivências Passadas (INTVP) do Brasil. Essas pesquisas, somadas às que o dr. Newberg realizou com pessoas em estado de vigília e meditação, mostram um campo promissor para o estudo do Espírito e sua atuação sobre a matéria.

No Japão, Massaru Emoto, após 8 anos de investigação, publicou o livro, Messages from the Water, mostrando como a água pode formar cristais perfeitos ou não, conforme a ação exercida sobre ela pelos pensamentos e sentimentos humanos. Tanto as experiências de Andrew Newberg e Júlio Peres, quanto as de Massaru Emoto trazem subsídios importantes para validar a Terapêutica Complementar Espiritual e entreabrem novos campos para a pesquisa em medicina energética.

Hoje, com o progresso vertiginoso da Ciência e, igualmente, o aumento maciço das doenças da alma, é imperioso que esses cursos de Medicina e Espiritualidade se multipliquem nas Escolas Médicas do mundo. A mudança de mentalidade, porém, não é nada fácil. Há três séculos, a ênfase tem sido para a visão de um ser humano esquizofrênico, dividido entre as investigações científicas e a busca religiosa, consideradas e alimentadas como irreconciliáveis. Esse paradigma antigo, materialista reducionista , está calcado no predomínio do egoísmo sobre o amor, do intelecto sobre o sentimento, e tem sido responsável pelo recrudescimento da violência, da ambição sem freios, dos vícios, da intolerância religiosa e das grandes desigualdades e calamidades sociais. Nele, o ser humano é reduzido tão-somente às funções neuroquímicas do cérebro, destituído de qualquer elemento imaterial que anime suas células. Com esse modelo, não haverá paz no mundo.

Contra ele, a favor da integração espírito-matéria, coloca-se o movimento em prol da Medicina e da Espiritualidade. Com a preponderância deste modelo, que tem na solidariedade uma de suas importantes vigas-mestras, acreditamos que os médicos estarão muito mais aptos a lidar com a dor humana, esforçando-se por diminuir os sofrimentos e angústias dos seus irmãos em humanidade.


texto - www.rcespiritismo.com.br

imagem - kellydeoliveira.blogspot.com

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A MULHER NA BÍBLIA


Paulo da Silva Neto Sobrinho

Para os que lêem a Bíblia, sem nenhum espírito pré-concebido e, principalmente, sem se apegar aos dogmas teológicos do passado, verá que nela a figura da mulher é sempre de inferioridade em relação ao homem. É óbvio que debitamos isso aos homens, portanto nada de ser a vontade de Deus.

Por ser, naquele tempo, uma sociedade extremamente machista, ou ao menos muito mais que a atual, a mulher está retratada, no Livro Sagrado, sempre como uma personagem inexpressiva. Refletindo, pois, a nosso ver, e até que nos provem o contrário, apenas a fatores culturais de um povo, ou talvez até mesmo de toda uma época, onde o machismo era o fator que preponderava nas relações entre homens e mulheres.

Fizemos uma pesquisa, e, por ela, chegamos à conclusão que a Bíblia é um livro no qual o machismo é colocado de forma bem evidente. Causa-nos estranheza é o comportamento da mulher, pois apesar disso é ela quem mais se apega a esse livro.

Vejamos então os seguintes questionamentos: Quem foi criado em primeiro lugar, o homem ou a mulher? A mulher sendo tirada da costela do homem não induz a pensarmos (ou, quem sabe, é o que querem que pensemos) que a mulher estaria em condições de inferioridade em relação ao homem? A quem normalmente se atribui a “culpa” pelo pecado “original”, ao homem ou à mulher? Todas as genealogias constantes da Bíblia são feitas em relação aos homens ou em relação às mulheres? A maioria dos personagens em destaque na Bíblia são homens ou mulheres? Entre os 12 discípulos de Jesus tinha algum que não era homem?

Para confirmar o que estamos dizendo, vejamos, nas passagens bíblicas a seguir, alguns exemplos que nos comprovam o evidente machismo impregnado nela:

Deuteronômio 5, 21: Não cobice a mulher do próximo. (mandamento para os homens).

Deuteronômio 22, 13-15: Se um homem se casa com uma mulher e começa a detestá-la depois de ter tido relações com ela, acusando-a de atos vergonhosos e difamando-a publicamente, dizendo: ‘Casei-me com esta mulher mas, quando me aproximei dela, descobri que não era virgem, o pai e a mãe da jovem pegarão a prova da virgindade dela e levarão a prova aos anciãos da cidade para que julguem o caso.

Deuteronômio 24, 1: Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gostar mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa em liberdade.

Eclesiastes 7, 26: Então descobri que a mulher é mais amarga do que a morte, porque ela é uma armadilha, o seu coração é uma rede e os seus braços são cadeias. Quem agrada a Deus consegue dela escapar, mas o pecador se deixa prender por ela.

Eclesiástico 7, 25: Arrume casamento para sua filha, e terá realizado uma grande tarefa, mas faça que ela se casa com homem sensato.

Eclesiástico 9, 2: Não se entregue a uma mulher, para que ela não o domine.

Eclesiástico 25, 24: Foi pela mulher que começou o pecado, e é por culpa dela que todos morremos.

Eclesiástico 42, 14: É melhor a maldade do homem do que a bondade da mulher: a mulher cobre de vergonha e chega a expor ao insulto.

E para que não fiquemos somente no Antigo Testamento, já que alguém pode alegar que isso é coisa do “Velho”, vejamos também no Novo:

1 Coríntios 11, 7-9: O homem não deve cobrir a cabeça, porque ele é a imagem e o reflexo de Deus, a mulher, no entanto, é o reflexo do homem. Porque o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem.

1 Coríntios 14, 34-35: Que as mulheres fiquem caladas nas assembléias, como se faz em todas as igrejas dos cristãos, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembléias.

Colossenses 3, 18: Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs.

1 Timóteo 2, 9-14: Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes e se enfeitem com pudor e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; pelo contrário, enfeitem-se com boas obras, como convém a mulheres que dizem ser piedosas. Durante a instrução, a mulher deve ficar em silêncio, com toda a submissão. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Portanto, que ela conserve o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pecou. Entretanto, ela será salva pela sua maternidade, desde que permaneça com modéstia na fé, no amor e na santidade.

Todos nós conhecemos aquela passagem em que os escribas e fariseus apresentando a Jesus uma mulher surpreendida em adultério perguntaram-Lhe se deveriam cumprir a Lei de Moisés que exigia o apedrejamento dela. É bom que ressaltemos que se trata realmente de uma Lei de Moisés, pois se fosse Lei de Deus todos os que se dizem seguidores da Bíblia ou os que acham ser ela de capa a capa a palavra de Deus a cumpririam, não é mesmo? Como não vemos, nos dias de hoje, ninguém matando homens ou mulheres que cometeram adultério, fica evidente não se tratar mesmo de uma Lei Divina. Mas, chamamos a sua atenção ao que consta dessa Lei: estabelecia que tanto o adúltero quanto a adúltera deveriam ser punidos com a morte (Levítico 20, 10). Perguntamos, então, aonde foi parar o adúltero? Temos que convir que uma mulher não tem como adulterar sozinha já que, para isso, é necessário um homem. É a velha questão, numa sociedade machista em que também os homens é que julgavam, será que iriam condenar um homem adúltero? Achamos muito difícil. Assim, a pena cabia apenas às pobres mulheres que cometessem tal delito, contrariando, portanto, o que consta na Bíblia.

E, para que você, caro leitor, possa ter uma visão do que a Doutrina Espírita diz sobre a mulher, colocaremos algumas questões de “O Livro dos Espíritos”, cujas respostas foram dadas pelos Espíritos Superiores a Kardec. São elas:

202 – Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?

- Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar.

Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens.

817 – Diante de Deus, o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos direitos?

- Deus não deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?

818 – De onde se origina a inferioridade moral da mulher em certos países?

- Do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados do ponto de vista moral, a força faz o direito.

819 – Com que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca que o homem?

- Para lhe assinalar funções particulares. O homem é para os trabalhos rudes, por ser o mais forte; a mulher para os trabalhos suaves, e ambos para se entreajudarem nas provas de uma vida plena de amargura.

820 – A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?

- Deus deu a uns a força para proteger o fraco, e não para se servir dele.

Deus conformou a organização de cada ser às funções que deve cumprir. Se deu à mulher uma força física menor, dotou-a, ao mesmo tempo, de maior sensibilidade, relacionada com a delicadeza das funções maternais e a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.

821 – As funções para as quais a mulher está destinada pela Natureza, têm uma importância tão grande quanto às dos homens?

- Sim, e maiores; é ela que lhe dá as primeiras noções da vida.

822 – Os homens, sendo iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo, igualmente, diante da lei dos homens?

- É o primeiro princípio de justiça: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem.

- Segundo isso, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher?

- De direitos, sim: de funções não. É preciso que cada um esteja colocado no seu lugar. Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um segundo a sua aptidão. A lei humana, para ser eqüitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher, pois todo privilégio concedido a um, ou a outro, é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua subjugação caminha com a barbárie. Os sexos, aliás, não existem senão pela organização física, visto que os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles sob esse aspecto, e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.

A Filosofia Espírita nos deixa bem claro que a condição de se ser mulher não indica que o homem deve subjugá-la, quer física ou moralmente, já que ambos possuem os mesmos direitos, apenas são diferentes as suas funções, que estão intimamente relacionadas à natureza da organização física de cada um.

Mas, é bem interessante que, muito antes de qualquer tipo de movimento pela emancipação da mulher sair a “campo” para lutar pela sua igualdade com o homem, o Espiritismo tratava desta questão de forma clara e objetiva, dizendo sobre a igualdade entre ambos, como fruto das orientações dos Espíritos Superiores. Se a própria sociedade como um todo vem pregando isso, temos um questionamento aos que dizem coisas sobre o Espiritismo que ele não é, qual seja: Será que todos os Espíritos que se manifestam nas Casas Espíritas são mesmo demônios como sempre apregoam determinadas correntes religiosas? Se o são, temos que convir, que devem ter se tornado bonzinhos, pelo menos os “demônios” que se manifestam nos dias de hoje, pois aconselham exatamente o que a própria sociedade vem fazendo e, diga-se de passagem, todos concordamos que isso representa mesmo uma evolução dessa sociedade, ou seja, a igualdade entre todos, até mesmo entre homens e mulheres.

Out/2002.

(Publicado na Revista Universo Espírita, nº 01, junho/2003, Ed. Universo.)


Bibliografia

  • A Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, Paulus, São Paulo, SP, 43ª Edição, 2001.
  • O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, IDE, Araras, SP, 37ª Edição, 1987.


texto - http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns
imagem - eternamentreamojesus.blogspot.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O DESENCARNE NA INFÂNCIA


Marco Tulio Michalick

Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso. Como se o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem: Porque meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Porque eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.
A família tem de estar muita unida em um momento como esse. A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos atualmente.
O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos. Richard Simonetti descreve em seu livro Quem tem medo da morte?: “o problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela diretamente. Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação”.
As lamentações, choro e a fixação no ente querido que desencarnou prejudicam sua reabilitação no Mundo Espiritual, fazendo com que ele sofra vendo tamanho desespero de seus familiares. A oração é o melhor remédio para todos. Pedir a Deus que proteja e auxilie seu filho no Mundo Espiritual é a maneira correta de lhe fazer o bem.
Reviver a tragédia que ocorreu no Mundo Material pode ser um martírio, pois, no Mundo Espiritual, há toda uma equipe de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do Espírito do aparelho físico. Além do mais, conforme explica Simonetti, “o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranqüilo, porquanto nessa fase o Espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre. Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades”.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: “por que a vida, freqüentemente, é interrompida na infância?” A resposta dos Espíritos Superiores é a seguinte: “a duração da vida de uma criança pode ser, para o Espírito que está nela encarnado, o complemento de uma existência interrompida antes do seu termo marcado, e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais”.
Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, escreve que não são desconhecidos os casos de mortes infantis nos quais o Espírito já tenha progredido bastante para suprimir uma provação, mergulhando na Terra só com a finalidade de se revestir de elementos fluídicos indispensáveis ao perispírito, desejoso de preparar-se para a próxima reencarnação.
Com o tempo você vai encontrando respostas para suas indagações. A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá da sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa sentir todo o amor que você emana.
Em entrevista publicada na edição nº 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Mauro Operti, médium e orador espírita, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu: ‘para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Essa é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos’.
O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que quando Jesus falou “deixai vir a mim as criancinhas”, Ele se referia ao fato de que “a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade, excluindo todo pensamento egoísta e orgulhoso”. Explica ainda que “é por isso que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade... Somente um Espírito que tivesse atingido a perfeição poderia nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas ela é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além do que, Jesus não diz de uma maneira absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham”.

Publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição nº 13, ano 2001.


texto - http://www.panoramaespirita.com.br/novo/artigos
imagem - danimontano.blogspot.com

domingo, 27 de novembro de 2011

TVP E ESPIRITISMO


Flávio Braun Fiorda *

O que a Terapia de Vida Passada e a Doutrina Espírita têm em comum? Como espírita e terapeuta de vida passada, poderia afirmar algumas coisas. Em primeiro lugar, a TVP é uma linha de psicoterapia que trabalha com a hipótese científica da reencarnação, e partindo deste pressuposto, cremos que tudo o que somos hoje, nossas qualidades, defeitos, pontos fracos, pontos fortes, enfim, nosso temperamento e, principalmente nosso carácter, seria a somatória de todas as experiências agradáveis e desagradáveis que passamos desde a nossa criação, passando por todas as nossas vivências até o minuto que acabou de passar. Então, como reencarnacionista, parece que nada acontece à toa, fatos felizes e infelizes que passamos têm uma causa anterior. Porém, esta terapia não é um privilégio de quem é espírita, pois ninguém é dono da verdade, não é mesmo? Afinal de contas, um trabalhador cumpridor de seus deveres pode realizar, em termos espirituais muito mais do que aquele que reza, e só reza o dia inteiro... Sabemos que não se pode dar futilidade a esta terapia, visto que nosso inconsciente, este pequeno grande gravador dos fatos da vida (de todas elas), não se abre à toa, pois ele mesmo tem seu mecanismo de defesa. Ë claro, que aparece, às vezes, no consultório aquele tipo de paciente, que gostaria de se submeter à TVP, para saber se foi algum rei ou rainha de nossa rica história (em tempo, ninguém vai para querer saber se já poderia ter sido um escravo ou um mendigo, por exemplo). Mas, o que vemos mesmo, é que nossos personagens do passado são pessoas comuns e normais como exactamente somos hoje. Outro motivo de grande procura é a curiosidade de se reconhecer parentes actuais em nossas vidas passadas, outro engano, pois não há o reconhecimento de ninguém. Nosso inconsciente e a própria espiritualidade não permite que isso aconteça. Só se vai saber o que for estritamente o necessário, porém nem sempre o que vem de conteúdo é aquilo que gostaríamos de ter conhecimento. A TVP, desde que praticada seriamente e com conceitos éticos, pode oferecer resultados muito bons ao paciente. E como tudo isto é feito? Ë claro que procuramos a TVP é porque estamos sofrendo de alguma maneira, por exemplo: depressão, fobias, síndrome do pânico, etc. Porém se não houver um abrandamento de nosso carácter, nosso jeitinho de ser que parece que vem se repetindo por vidas sucessivas, não existe a cura para nada. Qual de nós, em algum momento não demos uma rateada por nosso orgulho, egoísmo ou pela nossa prepotência? Coisas como paciência, tolerância, fé e resignação não estão escritas em nenhum livro de psicologia ou psiquiatria. E é exactamente isso que a TVP vem alertar aos pacientes, que, por exemplo, quisermos nos livrar de nossa depressão recorrente de anos de tratamento, com trocas mensais de medicamentos, caros por sinal, se eu continuo querendo tudo do meu jeito ou sou ranzinza, por exemplo. A TVP vem para quebrar o círculo vicioso de nosso passado. Ou seja, se não houver uma reforma íntima, uma mudança de nosso padrão de comportamento não há cura.


* Médico Psiquiatra e terapeuta de vida passada
2º Secretário da AME Santos – Associação Médico-Espírita de Santos (AME-Santos)
Director da Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada (SBTVP), com sede em Campinas - SP



texto - http://www.ameporto.org/pt/artigo16

imagem - miltonmenezes.com.br

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PORQUE AS MORTES OCORREM EM MASSA?


Por Marina Silva

Sempre que leio ou ouço algo sobre o "grupo da morte", eu lembro do meu primeiro contato real com este tipo de evento. Eu acho que tinha dez anos quando ele estava chocado com as fotografias da erupção de um vulcão. Eu vi muitos presos em uma espécie de lama cinza, sem saber que os membros pertencentes a cada organismo. Apesar do meu amor pela leitura, não pude ler o relatório e por um longo tempo, as imagens são gravadas na minha cabeça.

Sem acesso a determinados programas de televisão que os cuidados maternos e paternos proibido, não poderiam obter os detalhes do evento. Mas como adultos conheceu a Doutrina Espírita e ele pesquisou e outros eventos similares, para entender melhor em uma abordagem espiritual.

Foi o vulcão Nevado del Ruiz, nos Andes colombianos, que eclodiu em 13 de novembro de 1985, matando mais de 25 mil pessoas.

No Natal de 2004, um tsunami áreas afetadas da Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia, deixando 229 866 mortes. " (Human Jornalismo)

Em 30 de dezembro de 2004, apresentado em Cro-Magnon (República Argentina) O grupo Street, quando um incêndio começou quase às 11 horas da noite e deixou 194 mortos.

Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto foi registrado no Haiti, que matou cerca de 200 mil pessoas.

Em 27 de fevereiro de 2010, o Chile também sofreu um terremoto que matou 521 pessoas.

Em 17 de julho de 2007, um avião viajando entre Porto Alegre e São Paulo, Brasil, bateu em um posto de gasolina, matando todas as 187 pessoas a bordo e mais 12 que estavam no chão.

Somente este ano (2010), houve cinco acidentes aéreos com grande número de mortes, número que excede a 1370.

Para não mencionar o grande número de assassinatos em massa que ocorrem em diversos países, a ambição, diferenças ideológicas, por intolerância ou por qualquer outro motivo que não é suficiente para justificar um ser humano extingue a vida do outro.

O fato é que em situações como estas, é comum as pessoas a pensar que as suas razões. Por que algo tão terrível acontece e mata em grande número, sem escolher idade, sexo, raça ou religião? Muitos acreditam que é má sorte para outros é um castigo, alguns pensam que funciona por acaso. Mas que sobre a Doutrina Espírita?, Qual é a sua explicação sobre o assunto?


Leis

O Espiritismo explica com grande consistência que cada um recebe de acordo com suas obras, porque todos nós estamos sujeitos àLei da Ação e Reação , ou Causa e Efeito, ea Lei de Evolução e Progresso.

Segundo a primeira, os seres humanos com os nossos pensamentos, sentimentos e ações que criará provoca um efeito colateral. Dependendo da natureza positiva ou negativa sobre as causas e os efeitos serão mais tarde. É uma lei não punir, mas redefine atua sob a direção de nosso livre-arbítrio. Ele funciona através do restabelecimento do caminhante perdido, perdendo o caminho do bem e do progresso através de sucessivas encarnações.

A lei da evolução ou progresso que regem a transformação contínua de tudo o que tem a vida, a partir de estados primitivos e mais baixa para mais perfeita e complexa. Através desta lei, o homem tornou-se homem civilizado de hoje, deixando as suas fases, selvagem e primitivo. Graças à Lei da Evolução e testes sucessivos que nos colocou em nossos estoques muitos, nós, humanos, corrigir nossas imperfeições, transformando as nossas falhas e fraquezas em virtudes ou qualidades que nos empurram para a conquista da vida espiritual. O uso de nosso livre-arbítrio que esta lei vai nos fazer caminhar o caminho da bondade, amor e felicidade, ou não, pelo caminho da dor.

Essas duas leis determinam a natureza da prova e expiação que somos "imposta" por nossas ações e aspirações. "A prova é a luta que ensina ao discípulo rebelde e negligente o caminho do trabalho e da edificação espiritual", ou que o Espírito, cansado de ficar estagnado, auto-impostas para evoluir. "A expiação é a pena para o criminoso que comete um crime."[1] Mas a "prova ou expiação, são sempre sinais de relativa inferioridade, porque o que é perfeito não precisa ser provado"[2] e porque a Espírito temporariamente paralisadas ignora a natureza evolutiva. A expiatório inclui os efeitos de suas más ações, que está servindo comprovou a lei da evolução há muito tempo preferiu ignorar.


Individualidade coletiva

Pela lógica dos ensinamentos espíritas expostos, é muito fácil entender como essas leis são executadas e que vamos demonstrar é que o tipo de morte que paira sobre o homem também está diretamente ligado a eles, quer como elementos de prova ou expiação. Mas primeiro precisamos entender como as falhas individuais podem ser cobrados coletivamente.

Em "Obras Póstumas"[3] são explicações interessantes que nos ajudam a compreender melhor o processo, diz-nos que as mesmas leis que "governam o indivíduo," também se aplica "à família, nação, raça e de toda dos habitantes dos mundos, que são pessoas colectivas (...) O indivíduo, da família e da nação cometer erros e cada um deles, independentemente do seu caráter, expia sob a mesma lei. "

O mesmo acontece no caso dos crimes cometidos conjuntamente por uma série de pessoas. A expiação é a solidariedade, o que não simultaneamente, reduzir a expiação de culpas individuais.

Cada homem traz personagens (...) (...) de (...), um indivíduo membro da família, (...) um cidadão. Em cada uma destas fases, pode ser criminoso ou virtuoso, ou seja, como pode ser virtuoso e criminal (...) pai como um cidadão.

(...) Há falhas do indivíduo e do cidadão, e da expiação de uma não exime os outros, para todos os débitos devem ser pagos ao ácaro passado.

(...) A família de um homem bom, honesto e honrado em seus negócios, pode ser um mau cidadão, se espalharam as chamas da discórdia, oprimido o fraco e manchado a mão com crimes contra a sociedade. Estas são as faltas coletivas coletivamente expiar os indivíduos que participaram deles, que encontrou novamente a sofrer a pena de retaliação juntos (...).

A humanidade é composta de personalidades que fazem ações individuais e ações coletivas que se constrói.

Reorganizar o nosso raciocínio, podemos dizer que somos responsáveis pelo mal que atinga nós, pois o que atraímos com nossos pensamentos, ações e omissões em qualquer área de nossas ações, que as nossas ações em casa afeta a família inteira (uma individualidade coletiva ), aqueles feitos como cidadão afectam a nossa comunidade (outra individualidade colectiva) e nossa atividade como um habitante do mundo contribuem para o nível de desenvolvimento do planeta em geral. Justiça Divina, que analisa-lo muito bem, olhe para o que contribuem e que causam danos como indivíduos e como individualidade colectiva para dar a cada um segundo as nossas obras, através da implementação da Lei da Ação e Reação.

Para entender melhor esta justiça, vamos apresentar cenários e fatos que explicam como essas responsabilidades coletivas são ajustados no processo de desincorporação.

Reajustes

Gerson Simões Monteiro, presidente da "Fundação Cristã Espírita Cristã C.Paulo de Tarso ", em um artigo sobre o assassinato coletivo escreve que as vítimas de um terremoto poderia ser guerreiros antigos, que, na encarnação anterior, cidades destruídas, casas, matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas e milhares de vítimas pessoas. Em nova encarnação, são atraídos para atender coletivamente e em certas circunstâncias, para os crimes que ele praticou, para sofrer o que impôs a suas vítimas, em outra existência. São falhas individuais que a influência do coletivo.

Pela nossa parte, acrescentamos que os sobreviventes são chamados também a uma transformação moral, uma profunda mudança em suas vidas, mas há pessoas que se aproveitam do caos em uma região que sofreu o terremoto, a saquear, roubar, estuprar e egoísta, que beneficiam de doações recebidas. Para aqueles que não têm condições de ensino mais a sério e estão comprometidos com a comunidade.

Gerson diz-nos mesmo um caso de uma família que queimaram a casa de um vizinho por vingança e matou todos que estavam lá. Em outra modalidade, os membros da família crime reunidos em uma nova encarnação e expiado os seus crimes em um acidente. Ao viajar, o carro pegou fogo e queimou todos morreram sem poder sair do veículo.

O estudante explica que cada membro da família notou seus crimes individualmente, mas em um grupo de resgate.

Temos também um exemplo real, mesmo explicou na literatura espiritualista.Em 17 de dezembro de 1961, foi um circo na cidade de Niterói (Rio de Janeiro - Brasil) e cerca de 300 pessoas morreram.

No livro "Cartas e Crônicas" psicografado por Francisco Cândido Xavier, Humberto de Campos, Espírito diz a causa do acidente.


No ano 177 da Era Cristã, Marcus Aurelius governou o Império Romano. Mulheres, homens, crianças, idosos e os cristãos foram presos, torturados e exterminados. "Mais de 20 000 pessoas haviam sido mortas."

Veio a notícia da visita do famoso guerreiro Lucio Gallo nessas terras e que estão no poder quis homenageá-lo tão grande e original. Decidido a queimar milhares de cristãos em um show à altura do visitante.

"Durante a noite, pessoas ansiosas para casas humildes invadiram crueldade" e no dia seguinte à noite ", longas filas de mulheres e crianças, gritando e chorando, foram mortos no final do espetáculo soberbo, queimados nas chamas intensificada pela sopro de vento ou dilacerado por cavalos de corrida.

Gasto quase dezoito séculos depois do evento escuro ... No entanto, a lei de justiça reaproximado todos os responsáveis, através da reencarnação, e em diferentes idades para a expiação física dolorosa, em 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, na tragédia comovente em um circo. "

O notável Mediumnato Chico Xavier também nos ilumina outro evento real que aconteceu em São Paulo, outra cidade brasileira, em 01 de fevereiro de 1974, quando oedifício Joelma pegou fogo e deixou 188 mortos.

O Espírito ea Cornélio Pires Costa Cyro marcharam pela psicografia e publicou dois sonetos que revelou a causa de mortes em massa no fogo. As vítimas "resgatou os últimos vestígios de culpa que ainda carrega em sua própria alma, como resíduos de compromissos assumidos durante a guerra das Cruzadas."[4] (Cyro Costa)

Estéril com fogo e lágrimas nas sombras de uma outra era
Fighters em liberdade condicional Cruz austera
Mas o mundo de heróis, honrando os velhos tempos.
(Cyro Costa)

Em "Ação e Reação", cujo tema principal é apresentar exemplos reais que demonstram como a manifestar-se a Lei da Ação e Reação, ou Causa e Efeito, temos um caso muito interessante e vamos resumir aqui:

Plano Espiritual dos Trabalhadores recebeu uma encomenda para o alívio às vítimas de um acidente de avião e instrutor drusos conta a história de André Luiz Ascânio e Lucas, que, apesar de ter quase cinco séculos sucessivos de aprendizagem e do trabalho digno, não ascender a esferas mais altas, porque tinha uma dívida do século 15, quando matou duas colegas de precipitação a partir do topo de uma fortaleza.

Eles decidiram reencarnar, participar em aeronáutica e agora parte das vítimas desse acidente. É queaqueles que possuem grandes reivindicações morais pode selecionar o tipo de evidência com que pagar suas dívidas.

O benfeitor explica que o alívio é fornecida a todas as vítimas, mas você não pode esquecer que, embora o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para todos. A liberação depende do anterior "vida" de cada indivíduo. Alguns seriam retidos por algumas horas, outros, talvez por longos dias. A morte física é diferente da emancipação espiritual.

Ele disse que se a origem do teste foi analisado, entre os delinquentes que seria ferido no passado, os irmãos lançaram alta altitude, enquanto outros que cometeram crimes na superfície do mar, eo suicídio foram disparados a partir da altura.

Estes testes servem também como expiação para a família lutas. Os pais que não conseguiram os seus filhos no passado, a aprendizagem através de nostalgia.

A dor coletiva é o remédio para corrigir as falhas mútuas.

Para os ensinamentos do instrutor drusos entender que a encarnação coletiva não ignore as condições individuais que não são sempre aqueles que se reúnem para grupos de resgate estão envolvidos em um único ato do passado.

Através da mediunidade de Divaldo Franco, ouvimos sobre as vítimas do tsunami de 2004. De acordo com Divaldo de Angelis Joanna de mentor, faziam parte de antigas legiões de bárbaros que destruiu parte da Europa e de outros povos, quando eu Alaric e seus exércitos dominavam diversos países, com a crueldade, a Roma conquistou, saqueado e queimado por seis dias, em 410 dC.[5]

Acreditamos que não há provas de que não há realmente vítimas inocentes nas tragédias coletivas, mas os espíritos que têm falhas em sua bagagem espiritual. Muitos querem ser corrigida e, quando eles estão em um nível espiritual, pedimos a Deus pela oportunidade de fazê-lo, escolher o tipo de resgate, planejadas e executadas durante a reencarnação. Outros são intimidados a fazê-lo, porque eles insistem em rebelião e do mal e precisam de se sentir em primeira mão a dor causada aos seus pares, para compreender e mudar.

Eles também são parentes, amigos e sobreviventes também sofrem a tragédia, mas também não sofrem injustamente. Justiça Divina sempre usa todos os recursos disponíveis para aplicar lições valiosas para os envolvidos, que também estão em débito com a legislação ou a necessidade de passar por este tipo de testes para aperfeiçoar.

No entanto, quando refletimos sobre essas demonstrações nos perguntamos se Deus é a causa de tais tragédias, ou simplesmente usado para aplicar a sua justiça. É algo que vamos analisar.


Os desastres naturais

Capítulo VI da Parte III de "O Livro dos Espíritos", ele diz que os objectivos da Lei de Destruição, a necessária lei natural tanto para o renascimento da natureza e do homem como Espírito. Nele, encontramos fenômenos naturais como terremotos, vulcões, entre outros.

Sabemos que a Terra como um planeta e teste de expiação, a pé até o status de planeta de regeneração e para que isso aconteça, deve haver uma transformação geral, que inclui não só o desenvolvimento moral e intelectual do homem, mas também uma mudança na estrutura material do planeta.

Os fenômenos naturais que o homem não tem domínio pode ser entendida também como ações do Criador, para acelerar esse progresso.

Divaldo Franco, em entrevista concedida a Luis Hu Rivas, para "A Revista Espírita, explica que há seres que trabalham na manutenção da Natureza", tanto na construção e destruição para a Terra para atingir "um nível elevado. E eles são, sob a orientação da High Spirits, que realizou os eventos necessários para mudar o mundo. "Depois de estudar as necessidades daqueles que serão incluídos na purificação através do flagelo destruidor, as medidas são desenvolvidos, fazendo uso de fenômenos geológicos (como no caso do tsunami)" para a aplicação da justiça.

Nesses casos, estão em curso de transformação física da estrutura do planeta e à utilização deste recurso para a renovação moral de seus habitantes, seja pelo processo de desencarnação, para a "perda" de entes queridos, ou mesmo a sensibilização que desperta a humanidade fez quando ela é convidada a participar em solidariedade para ajudar as "vítimas" do evento direto.

Mas não podemos confundir os males necessários, programado para a Espiritualidade Maior, com aqueles que ocorrem nas mãos irresponsáveis do homem, tais como inundações, causadas por uma falta de respeito pela natureza, como a guerra, cuja fonte é sempre a ambição; ou um incêndio causado pela omissão ou a mente criminosa.

Jesus disse que os recuos são necessários, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem![6] Isto nos permite compreender que a Lei da Ação Reação usa as ambigüidades de um homem para corrigir os erros do outro. O segundo é ser livre da culpa, o primeiro assume os débitos perante a lei e ser cobrado mais tarde.

Mas a Justiça Divina usa como fenômenos naturais e da incompreensão de certos indivíduos como uma ferramenta de depuração dos outros?

Américo Domingos Nunes Filho, em artigo publicado na revista "O Consolador", explica que, se considerarmos que os espíritos influenciam nossos pensamentos, como a questão 459 de"O Livro dos Espíritos"[7], é provável que espíritos nos inspiram em quase todos os atos de nossas vidas, e porque não, a nossa morte?

O artigo apresenta exemplos:

Se uma pessoa vem até você desencarnado por um acidente, de acordo com sua reencarnatoria programação, a espiritualidade pode inspirá-la a subir uma escada quebrada que pode resistir ao peso. Os espíritos não quebrar as escadas, mas o uso da sua fraqueza.

Um homem, cujo programa é de ser eletrocutado por um relâmpago, que será inspirado na idéia de abrigo debaixo de uma árvore que será também atingido durante uma tempestade.

Da mesma forma, se alguém não deveria morrer em um acidente ou desastre natural, ele é inspirado para evitá-lo. E é por isso que muitas pessoas escapar o que, certamente causaria a morte. Como aqueles que desistiram da viagem no tempo e depois de transporte que usariam em um acidente.

Em suma, é importante entender que aqueles que perecem nas tragédias coletivas (ou não) e I foram agendadas antes de eles nascerem. Espiritualidade inspira-los a juntar-se apenas a cumprir. É um compromisso assumido perante a lei.

Não menos importante é salientar que o mal não é planeado, que ninguém nasce como um conjunto de ferramentas para a realização de um ensaio ou uma expiação. atos assassinos e genocidas, o terrorismo, acabando com a vida irresponsável para eliminar ou omissões que matam, são escolhas individuais e, eventualmente, o Espírito de Justiça também alcançou nesta ou noutra existência.

Queremos esclarecer que não podemos condenar as pessoas que pereceram nas tragédias coletivas, tais como ex-criminosos. É justo considerá-los como filhos pródigos, que conseguiu superar um importante passo em seu caminho evolutivo, eles voltam para casa, mais leve e sereno, porque libertado da culpa que ferem.

Sua família, queremos dizer que eles não se rebelam, ou se sentir que Deus falhou. Temos uma visão muito limitada da sua bondade, seu amor e sua justiça, e só podemos lembrar a existência atual e na maioria das vezes ela é incapaz de explicar as causas de tais eventos.

Confiança, amor, rezar e ajudar os seus companheiros que ainda caminham com você. Alguns insights sobre a imagem descrita por Costa Cyro Espírito homenagem aos mortos no edifício Joelma fogo:

Na Terra o sofrimento, angústia, cinzas, escórias ...

Mas no outro ouvir os hinos de vitória
Da milícia do Céu saudação redimido.


Referências

FRANCO, Divaldo. Pelo Espírito Filomena Manuel Miranda. Tópicos da Morte e da Vida. Flagelos e Males.

Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, V, item 9, capítulo XIV, item 9.
_____________ O Livro dos Espíritos. Perguntas, 459, 737, 738, 738b, 741, 783, 851 e 852.
_____________ Heaven and Hell. Capítulo VIII - terra Expiação.
_____________ Obras póstumas. Questões e problemas: A expiação coletiva.
XAVIER, F. Cândido. Espírito Emmanuel. O Consolador. Perguntas 246 e 250.
XAVIER, F. Cândido. Humberto Field Espírito. Cartas e Crônicas. Capítulo 6.
_____________ Espírito André Luiz. Ação e reação. Capítulo 18.
XAVIER, F. Cândido. PIRES, J. Herculano. vários espíritos. Chico Xavier Pede Licença. Capítulo 19.
_____________ Dois Diálogo Live. Capítulos 25-27.
Demétrio, João. Ou porque Coletiva das Mortes? Disponível em:
http://www.feal.com.br/colunistas.php?art_id=40&col_id=9
FILHO, DP Nunes. Expiações coletiva. Disponível em:
http://www.oconsolador.com.br/ano2/64/especial.html
FRANCO. Divaldo. A Transição planetária. Disponível em:
http://celesfa.blogspot.com/2007/06/transio-planetria.html
HENRIQUE, Marcelo. Desastres e desencarnado em Massa. Disponível em:
http://espiritismo.ning.com/profiles/blogs/desencarne-coletivo
HESSEN, Jorge. caixas Disembodied coletiva. Disponível em:
http://www.espiritismo.net/content, 0,0,1383,0,0. html
Gerson Simões Monteiro. Como causas das mortes coletiva. Disponível em:
http://www.radioriodejaneiro.am.br/anx/imprensa/13_GM_AsCausasMortesColetivas_CorreioE.pdf
ROCHA, Marco Aurélio. coletivo caixas Disembodied. Disponível em:http://marcoaureliorocha5.blogspot.com/2009/06/desencarne-coletivo.html
SCHUBERT, Suely Caldas. Tragédias Coleção: por quê?. Disponível em:
http://www.lema.not.br/indexcanais.php?pagecanais&acao=resposta=11&princi=Canais&recstart=0&q_id=222
Entrevista com Luis Hu Rivas, para "A Revista Espírita". mortes Coletiva. Disponível em:http://www.luzespiritual.org/articulos/877-muertes-colectivas
% Http://es.wikipedia.org/wiki/Rep% C3% C3% BAblica_Croma B1% C3% B3n
AD_de_2010% C3% http://es.wikipedia.org/wiki/Terremoto_de_Hait
http://es.wikipedia.org/wiki/Terremoto_de_Chile_de_2010
http://es.wikipedia.org/wiki/Vuelo_3054_de_TAM_Linhas_A% C3% A9reas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_TAM_3054
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/os-maiores-desastres-aereos-dos-ultimos-dez-anos.html
http://periodismohumano.com/sociedad/de-tanzania-a-haiti.html
http://es.wikipedia.org/wiki/Erupci B3n_del_Nevado_del_Ruiz_de_1985% C3%
[1] O Consolador, o Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pergunta 246.
[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo, seção V, item 9.
[3] Capítulo: Temas e Problemas: A Expiação Coletiva
[4] A partir do livro "Diálogo dos Vivos", de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e espíritos diversos.
[5] Entrevista com Luis Hu Rivas, para "A Revista Espírita"
[6] Mateus 18:07
[7] 459. Do influência espíritos em nossas ações e pensamentos? - A esse respeito sua influência é maior do que você pensa, porque eles estão em freqüência é que eles levam.

texto - http://marinamiesdeamor.blogspot.com

imagem - hippopotamo.blogspot.com

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails